abrir os olhos dá vertigem
abrir os olhos e me ver no mundo
quero apenas a brisa tola
nem fria nem quente
singela
harmoniosa
abrir os olhos dá vertigem
me vem uma mancha rosa intensa
que se contrapõe
à minha vontade de não estar
o que fazer para estar segura em teus braços?
sexta-feira, 30 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Poema de Pablo Neruda
quero apenas cinco coisas...
primeiro é o amor sem fim,
a segunda é ver o outono,
a terceira é o grave inverno,
em quarto lugar o verão.
a quinta coisa são teus olhos.
não quero dormir sem teus olhos.
não quero ser... sem que me olhes.
abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
quarta-feira, 14 de julho de 2010
fotografia dos sentidos XLI
arte: F. Minto
era feita de longos cachos
que lhe caíam pelos ombros...
a manhã era fêmea em todas as suas atitudes.
o chumbo que lhe descia das alturas máximas
da estratosfera
era pólen cintilante;
fértil.
organismos. nada mais.
lhe restaram duas brechas de azul celeste;
um rasgar frio de maresia ventada;
odor de pedra molhada;
caranguejo.
do auge de sua felinidade
(porque o dia também é gato se quiser),
se supôs,
e se derramou pela terra...
avermelhando-se de sol,
goteira
e minério.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
pré sexta-poesia
dias azuis para mergulhar
seguir pé ante pé
quebrando vento com a ponta do nariz
respirando o açúcar do dia confeitado
desejo amanheceres de uma luminosidade
ligeiramente fria e aconchegante
para ficar no casulo por mais uns minutos
mas que me permita descer descalça da cama
que me venha a quentura das horas
largadas n’areia
e que o mar se aquiete
permitindo o navegar fluido das pás do remo
são dias assim que desejo e faço
a mim e aos meus
aos que rondam meu coração
deliciar-se nas nuvens de um prazer intenso
e fácil
imenso sorriso
seguir pé ante pé
quebrando vento com a ponta do nariz
respirando o açúcar do dia confeitado
desejo amanheceres de uma luminosidade
ligeiramente fria e aconchegante
para ficar no casulo por mais uns minutos
mas que me permita descer descalça da cama
que me venha a quentura das horas
largadas n’areia
e que o mar se aquiete
permitindo o navegar fluido das pás do remo
são dias assim que desejo e faço
a mim e aos meus
aos que rondam meu coração
deliciar-se nas nuvens de um prazer intenso
e fácil
imenso sorriso
terça-feira, 6 de julho de 2010
KAIBO - Grand Cayman
sento na praia
longa e branca
é como se o sol
iniciasse seu esplendoroso ocaso
só pra mim.
a cobertura crespa
da água
é como um manto brilhante.
há o silêncio do início do mundo
agradável e pacificante.
é o clamor da alma plena.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
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