segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Caros amigos que compartilham destes momentos de pinceladas poéticas, 
a falta de postagens deve-se ao fato de eu estar debruçada em uma publicação, que deverá estar disponível na Livraria Potti Digital (www.potti.com.br) em não muito tempo.
Assim que conseguir encaminhar o livro estarei de volta com assiduidade e mais paisagens mentais.
Um abraço e muito carinho a todos vocês que sempre estão por aqui buscando conhecer estas imagens da vida, que vos ofereço.
Até logo!
KK

segunda-feira, 19 de setembro de 2011


quando me vi aqui
num sistema umedecido e aberto
sofrendo vento por dentro e por fora
dependurada em pedras cobertas por cracas suadas de sal
não sabia ainda voar de verdade
- eram falsas asas de argamassa pesada –
odor craquelado de uma piscina fictícia, como Walt Disney

aqui,
nesta terra que carrega verde
que esconde azuis translúcidos
que esperneia água água água...

transpiro   respiro   absorvo
- tangerina doce
Penso   resolvo   transtorno
- nuvens correntes
amo   enlouqueço   me largo
- sinceridades amenas de rio

neste lar que se tornou,
ardor de manhã quente
café de grão real
cabelos alvoroçados de desejos incontidos

sou mais rastejante,
com o ventre na terra molhada de ar
nos becos não vistos do jardim
em peles absortas de uma garoa boa de sorrir

degusto lábios,
e num gesto toco o âmago da pedra

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

meus poemas
poderiam se formar pelas palavras que
explodem
para fora do meu cérebro

poderiam corresponder
ao belíssimo espetáculo deste transcendente dia
que se desanuvia na terra

pintassilgos e quaresmeiras
poderiam ser poemas com pássaros

o que jorra mesmo de mim
são labaredas de energia viscosa
e cores sibilantes na retina

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

sexta-poesia
















ontem mesmo
vi descer do céu
um cone de nuvem de chuva
e subir do mar
a tormenta do vento
na água

magia forte
beleza exuberante

sente-se por dentro
a potência da natureza
a eletricidade
a voracidade dos fenômenos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

reflexões acerca da Arte Contemporânea


"O olhar cotidiano traz a apreensão do real numa políptica relação eu-mundo, onde tudo o que se faz é passível de ser."

terça-feira, 19 de julho de 2011

cesta-cheia-de-poesia

as cestas
aquelas das poesias perdidas
já não têm o mesmo efeito
não deságuam a enxurrada do ventre
(úmido e florido)
cresceram como jatobás
e abrigam ninhadas de plumas
desgovernam os sentires
(isto sim!)
mas transformam o tempo
no desaparecer das idéias

as cestas
aquelas das poesias precoces
perversas
se amaram sem pressa
fincaram-se noutros dias
na vastidão de um olhar moreno
impróprio
longínquo
eterno

as cestas
estas
são o que nos grudam à realidade
são o que nos desbotam a realidade
da maneira mais preciosa

silenciosa

sábado, 25 de junho de 2011

QUEM?

quem é que te faz sonhar estes sonhos azuis?
quem é que emaranha teus cachos para os sonhos se bagunçarem na cabeça?
quem é que sorri lá de longe e te faz amolecer de rir?
quem?

quem é que grita dentro desse coração selvagem?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

fotografia dos sentidos XL

Arte: F. Minto
a cada vez que me olhava no espelho
aparecia uma outra figura;
alguém que se encontrava fora de mim;
alguém que permanecia sob a ótica cotidiana;
era alguém que nevava flocos de sol rasgado –
sol sertanejo e erudito;
era alguém cujas asas pontiagudas
tinham um friso vermelho e grosso,
como veia.
a cada vez que me olhava no espelho,
descobria,
e eu própria me amanhecia.
agora só dissolvo e refaço:
não me desgrudo da minha imagem.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

claridade

Sento-me à sombra, parecendo que as cores são mais vivas, tridimensionais. Há a impressão de que a cor de cada coisa foi colocada lá, na coisa, e esmagada na superfície como quando se esmaga um giz pastel sobre uma folha de papel branco: intensidade absoluta, tão cheia de luz, que é quase triste quando chega ao coração.

Daqui, tenho vontade de dilacerar toda a boniteza que vejo: morder, rasgar, amassar; como se possível fosse penetrar o íntimo de cada coisa, entrar na essência, absorver a vida de cada coisa.

Na claridade... perco a noção do meu limite físico, minha existência se dilui nas outras existências. Tornamo-nos uma união plasmática. Meus pensamentos já não são meus: eles se espalham, desvirtuam-se em fragmentos de outras matérias, entram nas coisas. É como se de mim, e de cada coisa, emanasse uma lava de nós mesmos, que vai se encontrando e se unindo, formando um grande tudo. Derretido e mudo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

antes da sexta-poesia

brota
de mim
orvalho da noite apagada

seriam inteiras
as pétalas aos meus pés?
seriam vazias
as noites dos ontens antigos?

meus olhos sempre procuram
um azul luminoso
um brilho de onda
uma cor quente pro inverno

canções de Paulinho
pra colar nas artérias

terça-feira, 31 de maio de 2011

               desejos cristalinos
                       suave manhã
                          de sentidos
                                            orgásmicos

               abocanhar a paisagem
                             lamber a pedra
                                                     molhada

               tuas nuvens
         meus cristais de
                                   onda estilhaçada

              doce refúgio de verão










as lembranças da casa rosada
não são minhas
perpassam meus sonhos
como algumas sombras de rugas
ao redor dos olhos
- vívidos e brilhantes –
reflexos de luz do luar

cheiro de piscina
nos cabelos
na cozinha

estou mais pra verde-e-rosa
do que paredes de um sol envelhecido

as insistências mouras
de meu ser
colorem minha tez
intensificam meu sal
corroem o cloro das lembranças inventadas

terça-feira, 17 de maio de 2011

sinto
como se estivesse
velejando
num barco de terra

sua quilha de corais
é profunda e frágil
no leme,
o acaso,
os olhos da beleza e da paixão

como vela,
o próprio vento
numa fusão de todas as forças

navego num iminente desconhecido

sábado, 14 de maio de 2011

De que parte de mim pode vir ou resplandecer este obscuro prazer em estar no limiar inexistente entre o certamente e o não; que de nenhuma forma tende ao improvável, sendo sempre levado ao cerne do alvo eco-regimentado que é a procedência ou a congruência de objetos, de desejos, e dos sopros de infindável leveza e prazer que regem sem cálculo os odores latentes destes, e não de outros, homo-sapiens-demens?

Desde quando, e por onde, e com que motivo tende este espectro, esta sombra, esta névoa feminil, a cogitar em possível êxtase inexplicável (e impalpável até) a improvável serenidade que permeia a mais comentada metamorfose maternal?

É acreditável a despreocupação e quase sorrível possibilidade de gerir vida?

O que se faz quando a percepção está acima da razão, e esta se estabelece em estado letárgico, fazendo-se despercebida e incondicionada; quando o mundo, a vida, dá a sensação de que nada mais deveria ser feito além da insustentável necessidade de apenas ser, humanamente, regido pelos instintos mais fugazes, mais selvagens, mais primais; quando o medo não é mais medo algum, é motor; quando as vontades, aquelas que fizeram voar o primeiro homem, a primeira bruxa, são viris, aguçadas, e são, uma a uma, alimentadas, desfeitas, e ressurgem como dinossauros?

O que se faz quando tudo (tudo) que deu sustentabilidade à existência, à sobrevivência, que fez mover ondas, caminhos, correntezas, areais, vendavais, que fez do sonho de voar a poesia mais doída, que fez da doença do sentir a intensidade do olhar, que fez das lágrimas, dos berros e dos soluços milhões de palavras soltas que bateram ao encontro de corpos quentes e necessitados; o que se faz? o que se faz com o desnecessário que isto se tornou? o que se faz com esta plenitude incongruente que afugenta o esfacelar alimentício do prazer mental e da alma corroída, que somente parece carregar consigo o que de simplesmente belo há no olhar, no estar, no existir sem pressa? o que se faz com o colorido ameno e eletrizante que apenas sabe se fazer num rastro de pureza aveludada?

O que é isto, meu deus, que me toma sem doer, que acomete sem afugentar, que cresce na epiderme sem dilacerar os tecidos, que trama, enovela, urge, surge, encrua, anoitece, envaidece, esverdeia, liquidifica, sonoriza, respira, enlouquece, desvaira, enraivece, desmantela, enleva, dissocia, aprisiona, acorrenta, adiciona, enlameia, corporifica, desmistifica, ressurge, permanece, deseja, arde, sustenta, queima e não esvai, gruda, amacia, lambe, continua?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fotografia dos Sentidos XVI











Arte: F. Minto

no esfumaçado colo de si mesmo
perdeu-se em insanidade.

romper as paredes do corpo
não lhe cabia.

percorreu fluxos incansáveis de vida
dentro de um único lar.

explodir em asas gigantescas de lagarto
foi a sobriedade que lhe restou
para libertar-se.

terça-feira, 3 de maio de 2011

no hay banda

silêncio
jorro espetacular
de navalhas
afiadas

como furar o sol
que se espatifa
em lâminas de gelo

silêncio de pavor
silêncio de amor
silêncio de umas palavras
gritadas
que emudeceram
congeladas

silêncio
o tempo
suspenso do tempo
o tempo
que cai, sem mais,
por fora de mim

quarta-feira, 27 de abril de 2011

para uma nova gramática, por Viviane Mosé

para uma nova gramática:

imaginei um sentimento água. um sentimento árvore. uma agonia vidro. uma emoção céu. uma espera pedra. um amor manga. um colorido vento sul. um jeito casa de ser. uma forma líquida de pensar. uma vida paredes. uma existência mar. uma solidão cordilheira. uma alegria pássaro em chuva fina. uma perda corpo.

acho que hoje acordei semente. tenho andado muito temporal. minha irmã vive um momento tudo. a vida às vezes transborda pelos poros. me atinge um estado livro. aurora meus joelhos. tem pessoa ponte. algumas carregam a gravidade nas costas. já conheci gente buraco negro. eu amo o instante limo. tem um branco em mim. a vida me urca. sofro de saudade anônima. palavras me beijam a boca.


Viviane Mosé

Poema da sequência de "poemas presos", de Viviane Mosé

muitas doenças que as pessoas têm são
poemas presos
abscessos tumores nódulos pedras são
palavras
calcificadas
poemas sem vazão

mesmo cravos pretos espinhas cabelo
encravado
prisão de ventre poderia um dia ter sido
poema

pessoas às vezes adoecem de gostar de palavra
presa
palavra boa é palavra líquida
escorrendo em estado de lágrima


Viviane Mosé

quarta-feira, 13 de abril de 2011

o sabor do beijo
supera o drama
ignora as artimanhas que usei
ganha todo dia aguçadas nuances
do verão que há em ti

o alimento diário do amor
a fome primeira do corpo
união fluida do olhar

te beijo por querer
te beijo por prazer
te beijo e me beijo no teu beijo
te beijo e me beijas te beijando
me beijas e te beijas
me beijando assim...
só por beijar

segunda-feira, 11 de abril de 2011

strange days...
vamos sair desse casulo que nos aprisiona.
vamos gritar, espernear,
virar criaturas da noite
à procura de sangue e diversão.
vamos ser borboletas azuis voando pelo jardim;
um jardim in blum.
garota perdida,
devaneios de um dia chuvoso,
devaneios de mente insana.
é real a marca do lagarto,
ele passou pelo jardim, tocou a corneta
e gritou teu nome: seis, sete letras!
que vida!
quem sabe aqui no fundo eles me peguem...
uma asa azul,
vomitando fogo pelas entranhas.
que dia!
ele me pegou.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

poesia para olhar

pés no chão
a cabeça roda nos poentes rosados
pião, bicicleta, bambolê
brincadeira de ver formas nas nuvens

no paraíso das imagens
nada melhor do que soltar a mente
lisergicamente
nas paisagens deste cotidiano verde de mata

o horizonte acumula no olhar

quarta-feira, 30 de março de 2011

tempo de sentir
a maré dentro de si.
 
o mar gordo levanta
rega as areias
as plantas
a casa toda.

pessoas cercadas de água
por todos os lados.

quinta-feira, 24 de março de 2011

fotografia dos sentidos XXVI

uma dor lancinante
urra do centro do meu corpo
como um ferimento de bala
e não de flecha

torpor! torpor!

inquietas,
minhas veias saltam:
bombeiam jatos de desespero.
a serotonina volatiliza-se
e esfria meu corpo
(meu invólucro de emoções pisoteadas).

terça-feira, 22 de março de 2011

dentro de casa
há um ciclone intratropical

é quente a atmosfera
e toma, de corpo a corpo
os humores chamejantes

- segue sensível
- marulho alardeante

(coloridos olhos cravados na nudez)

com o louvor dos dias correntes
os significados das palavras
fazem mais sentido
quando adjacentes

terça-feira, 15 de março de 2011

Fotografia dos Sentidos XXXVI

Arte: F. Minto
as pessoas das margens
aquelas que andam encostadas
nos muros
nos quebra-mares
aquelas pessoas dos becos
dos bares escusos
da boemia soturna

as pessoas das margens
que ficam à margem dos corações
que rodopiam à beirada da pista de dança
sentam nas mesas do canto
almoçam sozinhas

pessoas das margens no centro de minha atenção
(eu mesma me contornando...)

sexta-feira, 4 de março de 2011

sexta-poesia-pré-carnaval

do lado de lá, o transbordamento de uma nuvem imensa.

caem, paralelas à chuva, palavras de borracha
que não matam; deixam hematomas.

a cidade joga fora seus corpos enclausurados e úmidos;
aprisiona cabeças nos guarda-chuvas gelados
molhando os joelhos disrítmicos dos passos absortos em nada.

aqui, a folia bate forte no coração intenso.

as palavras entopem as artérias, batendo, poéticas, no solo asfaltado
(a simulação do sol deu início ao frevo).

um aperto de saudade do que ainda não veio.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cidade de Caos com Lua, por Thomas Carmona

Nessa cidade de caos, com lua brilhando prata sobre meus olhos e cabeça
As armas foram remontadas...
Há medo nas esquinas dos bairros e em casa
Meus novos truques velhos com vergonha e orgulho
Com cores de verão por um sol que impõe punição suave para tamanhas transgressões
Ela dorme tão bem, enquanto me pergunto: como foi mesmo que viemos parar aqui?
Lua de prata sobre esta cidade perdida, onde milhares de coisas acontecem, na hora extra de verão...
Não é tarde para ser “nenhum santo”, com o aval dos que entendem.
Remontei minha arma, embora há tempos me tenham dito para não fazê-lo.
É um desses verões sem lei, até que provem o contrário.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

sexta-poesia

Sexta-feira de paixão
Pela vida
Pelo céu azul
Pelo calor intenso
Que me recobre e me adensa os desejos
De vida
De comer o céu azul
De beber o calor intenso
Sorvendo intensamente os sabores

Quero beber as bocas ardentes

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011













Meus poemas passeiam
Pelos ermos campos do meu ser
Sabem-se frutos
Da solidão ontológica de se ser
Gritam ocos
E muitas vezes asmáticos

Meus poemas creem
Que escrever é a polaridade da solidão
Têm esperança no ocaso
Sabem-se apaziguadores
Da alma ferida da garota selvagem

São a crença mais fértil
São a seara mais florida
São passos de nuvem num campo qualquer
A religião ferrenha do amor

Meus poemas me têm por inteira
Completamente só
Una
E sereia.

o desenho da mandala é de Françoise Rougeau, do livro "Mandalas de Bolso, 3", da V&R editora, e foi colorido por KK.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

fotografia dos sentidos VIII

viro borboleta azul-anil
viro borboleta verde-lagarto

a água viva furta-cor
vê da terra a cor mais linda
vê da terra marrom-vida

não há um corpo cinzento apenas...
(se enfeitiçarem meu caminho
as poças flutuarão chuva musical)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

mais ou menos assim

Meio chuva
Meio sol
Meio nuvem
Meio cor

A melanina meio que quer ser negra

Meio em ti
Meio em mim
Meio noutros meios
                            Águas
                            Terra molhada
                            Soluções aquosas
Meio anfíbio

Meio a meio,
Sigo meio a pé, meio de carona
- Minha metade desperta vai de vento -
As pernas fortes, meio que correm
                                                 (de ti)
Coaxo, meio afogada

Meio que minto a mim
E sinceramente sei da metade de tudo

Meio que esqueço
Meio que saboreio
Meio drops, meio cola
Meio rum, meio tequila

Vontade de ser meio Rio
Mas sem querer ser meio Flá, nem meio Flu
Talvez meio verde e meio rosa
E totalmente Noel e Cartola

Minha parte samba se quer inteira

(Mais pra cima sinto sabor de partida
Meio anguloso, pro meu paladar)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

poesia velha
arranhada
aranhada

poesia de vinil
o encarte colorido
- bela arte mutante -
já desbota e se corrompe
esfarelando-se

caem letras sem sentido
de dentro de palavras
que só se formam em silêncio
- no silêncio oco do pensamento

poesia de um dia assim:
as nuvens cobrem o sol
o sol queima os corpos expostos
a mente borbulha
                                    líquida

sábado, 1 de janeiro de 2011

o primeiro poema do ano

o primeiro dia do ano
pegou fogo ali atrás daquela nuvem
veio puxado por 12 cores principais
que cintilavam alternando sua musicalidade
a frequência da cor
é a frequência da brisa que me habita
(o calafrio mais quente da estação)

o primeiro dia deste ano
é o dia mais eterno em mim

poema de ano novo

meu poema de ano novo
é feito do jorro de cor da tua tez

minha paleta de palavras
é a mistura fonética dos marrons acobreados
dos teus olhos vibrantes
com os encaracolados cabelos escuros
(espirais de letras texturizadas)

meu poema de ano novo
é feito do teu corpo ensolarado

meu poema fica exposto n’areia

*o desenho da mandala é de Françoise Rougeau, do livro "Mandalas de Bolso, 3", da V&R editora e foi colorida por KK