terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Meus poemas passeiam
Pelos ermos campos do meu ser
Sabem-se frutos
Da solidão ontológica de se ser
Gritam ocos
E muitas vezes asmáticos
Meus poemas creem
Que escrever é a polaridade da solidão
Têm esperança no ocaso
Sabem-se apaziguadores
Da alma ferida da garota selvagem
São a crença mais fértil
São a seara mais florida
São passos de nuvem num campo qualquer
A religião ferrenha do amor
Meus poemas me têm por inteira
Completamente só
Una
E sereia.
o desenho da mandala é de Françoise Rougeau, do livro "Mandalas de Bolso, 3", da V&R editora, e foi colorido por KK.
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lindo por onde eles nos passeiam...
ResponderExcluircib