do lado de lá, o transbordamento de uma nuvem imensa.
caem, paralelas à chuva, palavras de borracha
que não matam; deixam hematomas.
a cidade joga fora seus corpos enclausurados e úmidos;
aprisiona cabeças nos guarda-chuvas gelados
molhando os joelhos disrítmicos dos passos absortos em nada.
aqui, a folia bate forte no coração intenso.
as palavras entopem as artérias, batendo, poéticas, no solo asfaltado
(a simulação do sol deu início ao frevo).
um aperto de saudade do que ainda não veio.
sexta-feira, 4 de março de 2011
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