hoje
preciso do que não me é
preciso de mais palavras sujas em bocas abertas
preciso de mais passos despropositados numa dança inventada
preciso do cinza do cigarro do incompleto do antagônico
preciso do deboche
da gargalhada alta sem limites
incorreta
preciso do que é bruto
cru
nu
preciso do vivo em carne viva
do sublime que rasteja
da devassidão
do bestial
preciso do avesso
da baixeza
do ignóbil
preciso me ver pelas vísceras
para conseguir viver minhas idiossincrasias extremas
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