sexta-feira, 30 de abril de 2010
SEXTA-POESIA
a girl with a burning hair.
nothing more in the earth:
just a small town of snakes,
lizards in the backyard,
a cat yawning and falling in the pool,
some flowers brokedown
and a girl with a burning hair
runs over her own mind.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
SEXTA-POESIA
era uma sexta sem pétalas
um dia forte
odoroso
de atmosfera baixa e úmida
daqueles que a gente sente como que quase pertencendo ao tempo
- o tempo deste dia era manipulável como argila –
era uma sexta sem momento pra poemas
energia racional
nada de imagens mentais
apenas concretude
- tudo como se a gente pegasse com as duas mãos –
era uma sexta
e esta se foi com precipitações gotejantes
de limão e amêndoa
um doce refúgio quente por dentro do corpo
(acalanto de poeta)
de um risco vieram as cores cansadas
- não se pega mais nada que não seja orvalho -
um dia forte
odoroso
de atmosfera baixa e úmida
daqueles que a gente sente como que quase pertencendo ao tempo
- o tempo deste dia era manipulável como argila –
era uma sexta sem momento pra poemas
energia racional
nada de imagens mentais
apenas concretude
- tudo como se a gente pegasse com as duas mãos –
era uma sexta
e esta se foi com precipitações gotejantes
de limão e amêndoa
um doce refúgio quente por dentro do corpo
(acalanto de poeta)
de um risco vieram as cores cansadas
- não se pega mais nada que não seja orvalho -
segunda-feira, 19 de abril de 2010
SEXTA-POESIA
talvez fosse esta a sensação que quiseste me fazer sentir...
como se em poucos minutos eu fosse lançada a um espaço de tempo
muito além do agora
- o agora de uns dias atrás -
nos dias em que as poucas horas eram meses de convivência
em que os sorrisos e risos e abraços
percorriam as vidas que não existiam ainda,
mas que esboçavam vontade
é a sensação de flutuar sem rumo, contra o vento
num vazio de conforto instável
tocando o chão com força em aterrissagens sem cálculo
na intenção de alcançar o espaço próprio
o tempo do crescimento das unhas
o local dos desvarios solitários
talvez fosse esta a sensação que quiseste me fazer sentir
a de estar no lugar da irrealidade dos sentires
de não pertencer ao profundo
a de não me sentir selvagem
tome de mim a mão, a seiva, o caos
tome a incongruência, o santificado, o abismo
tome a segurança do olhar, a boca, o erotismo
segure contigo a minha bolsa, o teu cigarro, a minha blusa
não largue nada
não abra as mãos
não afrouxe os braços
não arqueie os joelhos
permaneça em ti
que te solto ao léu
que te afago o rosto com as mãos azuis e lúcidas
na desmedida necessidade de aprender o nada.
como se em poucos minutos eu fosse lançada a um espaço de tempo
muito além do agora
- o agora de uns dias atrás -
nos dias em que as poucas horas eram meses de convivência
em que os sorrisos e risos e abraços
percorriam as vidas que não existiam ainda,
mas que esboçavam vontade
é a sensação de flutuar sem rumo, contra o vento
num vazio de conforto instável
tocando o chão com força em aterrissagens sem cálculo
na intenção de alcançar o espaço próprio
o tempo do crescimento das unhas
o local dos desvarios solitários
talvez fosse esta a sensação que quiseste me fazer sentir
a de estar no lugar da irrealidade dos sentires
de não pertencer ao profundo
a de não me sentir selvagem
tome de mim a mão, a seiva, o caos
tome a incongruência, o santificado, o abismo
tome a segurança do olhar, a boca, o erotismo
segure contigo a minha bolsa, o teu cigarro, a minha blusa
não largue nada
não abra as mãos
não afrouxe os braços
não arqueie os joelhos
permaneça em ti
que te solto ao léu
que te afago o rosto com as mãos azuis e lúcidas
na desmedida necessidade de aprender o nada.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
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