lá do meio das águas,
percebo:
há vida pungente.
há um homem
com uma boca enorme.
e a antropofagia já não há.
come-se o outro
não como reinvenção;
regurgita-se cimento e seca
e o homem-bicho
se vai
o não-inventado é o que se esvai
o que se perde.
e aqui, de dentro d’água
um peixe voador come
uma tainha recém-nascida.
pura vida pungente.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
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