segunda-feira, 21 de junho de 2010

Soneto ao Memorial de Saramago

Blimunda com os olhos de Deus vê o mundo
Sete-Luas, escuridão do Homem.
Come o pão, e as visões do ventre somem.
Do éter ao cosmo; antes ao fundo.

Maneta. Convém teu gancho fecundo.
Sete-Sóis, Sete-Luas: como pólen
Da passarola e Gusmão, super-homem.
Santidade d’alma no corpo imundo.

Vontades não constróem Mafra em pedra
Na abegoaria, o falcão já medra;
Pela crença etérea do povo, nasce.

De sermão enche El-Rei padre Lourenço
Para alcançar teu Eu, o céu extenso.
Que Deus o encontre p’ra firmar o enlace!

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